Saudades do breve

domingo, 6 de novembro de 2016


Eu vou falar sobre ele de novo, sobre como tivemos um soneto, um refrão de uma música, a introdução de um livro, um breve final de semana. Apesar de ter sido encurtado, eu queria poder contar um livro inteiro de histórias, uma saga, quem sabe cantar um álbum completo de músicas a nosso respeito, mas não posso, não vou. Ele foi diferente de tudo que eu já vivi, diferente de uma forma boa, como eu, entendia minha maneira de ver o mundo, de enxergar a alma, não era nem um pouco apegado a redes sociais, não passamos dias a fio conversando virtualmente, mas ele era direto e conclusivo, se eu mandasse "saudades" ele respondia com um "também, vou te buscar", e em 15 minutos estávamos em seu carro no feriado, quando mesmo com tudo fechado, discutíamos as possibilidades que tínhamos de pra onde ir, acabando deitados em sua cama assistindo 'How I meet your mother' em um segundo, e noutro trocando beijos quentes e convidativos. Queria eu ter vivido isso mais vezes, queria eu cavar mais fundo em sua alma, desvendar seus olhares, fazer morada ou simplismente me alojar num cantinho dentro dele. Fico nostálgica sempre que me lembro, e o pior é me parecer tanto com ele, fazendo com que meu eu chore de saudades, saudades do breve e vontade do prolongamento que não existiu.

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